Dínamo 10, inauguro #41
Viana do Castelo
A FLEUMA DO LIMITE
Manual da perceção:
Entro por uma porta de papel, aberta com contornos orgânicos. A superfície apresenta-se limpa, firme, seca, isenta de gorduras, poeiras e outras impurezas que possam contaminar quem contempla. Entre pincéis, trinchas, rolos e vassoura, tinjo progressivamente a superfície.
Um banho de tinta e cor.
Enfrento estas pinturas. O ato de pintar promove o preenchimento da área e unifica o todo, criando um conjunto de características comuns.
Renovo a operação. Formo um corpo que procura convocar territórios com diferentes tipos de expressão, desempenhados por linhas horizontais, alternadas com verticais, janelas retangulares com diferentes transparências e opacidades cromáticas de vestígios passados.
* * *
As relações entre espaço e ação definem a ambiguidade da sua estrutura, ao combinar diferentes relações estruturais no espaço visual: contacto, escala, ritmo, contraste, transparência, porção, limite e velocidade.
Estas pinturas tornam-se uma mimética através da relação do autor com o sentido pictórico. Construção e reconstrução como percurso entre o pensamento e a composição visual.
Paulo Barros e João Gigante
vista da instalação
A FLEUMA DO LIMITE
A FLEUMA DO LIMITE
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